A ação “Saúde Não Tem Preço” – lançada em fevereiro pelo governo federal – está beneficiando cada vez mais brasileiros e ampliando o acesso ao tratamento de diabetes e hipertensão no Sistema Único de Saúde (SUS). A oferta do programa do Ministério da Saúde aumentou três vezes, nas mais de 20 mil unidades privadas credenciadas. São 11 medicamentos gratuitos. Em janeiro, 853 mil pacientes de hipertensão e diabetes foram atendidos pelo programa, enquanto que, em outubro, o número saltou para 2.993.962 (Confira tabela abaixo).
Aproximadamente 3 milhões de diabéticos e hipertensos foram beneficiados em outubro. Região Norte teve o maior crescimento: 763% de janeiro a outubro
“Os números mostram que o brasileiro está mais e melhor assistido para o tratamento dessas doenças prevalentes na população, e diretamente relacionadas aos novos hábitos de vida do brasileiro”, observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A quantidade de hipertensos beneficiados saltou 285%, de 658 mil em janeiro para 2,5 milhões em outubro. Já o número de diabéticos beneficiados aumentou 202%, passando de 306 mil para 925 mil no mesmo período. Antes da criação do “Saúde Não Tem Preço”, os produtos eram oferecidos com até 90% de desconto nas drogarias credenciadas ao Aqui Tem Farmácia Popular.
CRESCIMENTO – A região Norte apresentou maior crescimento no número de beneficiados em relação ao restante do País desde janeiro: 763%, passando de 9.793 para 84.553 no período. Roraima foi o estado que mais se destacou no Brasil. O total de pacientes atendidos em outubro foi 139 vezes maior do que em janeiro, um salto equivalente a 13.743%. O número de hipertensos e diabéticos que retiraram medicamentos em outubro foi 3.194 pessoas, enquanto em janeiro haviam sido 23.
Destaque também para a região Centro-Oeste, onde o número de beneficiados cresceu sete vezes desde o início do ano, um aumento de 692%, passando de 23.301 para 184.526 no mesmo período. No Nordeste, o programa apresentou 435% de crescimento, o número de beneficiados passou de 55.842 em janeiro para 298.669 em outubro. Já nas regiões Sul e Sudeste o crescimento foi, respectivamente, de 310% e 196%.
“A oferta de saúde está cada vez melhor distribuída pelo país, sem prejuízo de qualquer região, por meio do Farmácia Popular. O maior crescimento do programa na região Norte indica que a assistência farmacêutica está se ampliando de maneira equânime no Brasil, chegando a todos os brasileiros, sem distinção”, afirma o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
DOENÇAS -A hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18 anos), de acordo com o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado. Ainda pelo Vigitel, a diabetes atinge 6,3% da população adulta, sendo maior em mulheres 7% do quem em homens, 5,4%.
O Saúde Não Tem Preço tem alavancado a oferta do programa Aqui Tem Farmácia Popular como um todo, incluindo os 14 produtos ofertados com 90% de desconto, para o tratamento de asma, incontinência urinária, osteoporose, rinite, colesterol, doença de Parkinson, glaucoma e os anticoncepcionais. O número de pessoas atendidas pelo programa cresceu 192% de janeiro a outubro, saltando de 1,2 milhões para 3,7 milhões.
ORIENTAÇÕES AOS USUÁRIOS- Para obter os produtos disponíveis no Saúde não Tem Preço, o usuário precisa apresentar CPF, documento com foto e receita médica, que é exigida pelo programa como uma forma de se evitar a automedicação, incentivando o uso racional de medicamentos e a promoção da saúde.
Eventuais dúvidas podem ser esclarecidas e comunicadas ao Ministério da Saúde – pelos estabelecimentos credenciados ou pelos usuários do programa – por meio do Disque-Saúde (0800-61-1997) como também pelo e-mail analise.fpopular@saude.gov.br.
Os medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes são identificados pelo princípio ativo, que é a substância que compõe o medicamento. Os itens disponíveis são informados pelas unidades do programa, onde os usuários podem ser orientados pelo profissional farmacêutico. É ele que deverá informar, ao usuário, o princípio ativo que identifica o nome comercial do medicamento (de marca, genérico ou similar) prescrito pelo médico.
Números de pacientes atendidos pela "Saúde Não Tem Preço" no Brasil
ESTADO | jan/11 | out/11 | Total no Período | Variação Jan/Out (%) | ||
Centro-Oeste | DF | 6.074 | 35.061 | 87.728 | 477% | 692% |
GO | 12.355 | 93.130 | 189.847 | 654% | ||
MS | 2.908 | 31.198 | 66.361 | 973% | ||
MT | 1.964 | 25.137 | 51.171 | 1180% | ||
TOTAL | 23.301 | 184.526 | 395.107 | |||
Nordeste | BA | 5.756 | 56.858 | 141.556 | 888% | 435% |
CE | 8.068 | 56.618 | 120.949 | 602% | ||
MA | 1.022 | 12.868 | 29.406 | 1159% | ||
PB | 5.669 | 44.991 | 84.669 | 694% | ||
PE | 13.586 | 52.015 | 112.215 | 283% | ||
PI | 1.654 | 12.113 | 24.594 | 632% | ||
RN | 17.429 | 53.369 | 104.986 | 206% | ||
SE | 2.658 | 9.837 | 25.235 | 270% | ||
TOTAL | 55.842 | 298.669 | 643.610 | |||
Norte | AC | 112 | 545 | 1.410 | 387% | 763% |
AL | 2.079 | 13.554 | 32.818 | 552% | ||
AM | 14 | 176 | 837 | 1157% | ||
AP* | 0 | 68 | 394 | 127% | ||
PA | 3.809 | 36.769 | 86.598 | 865% | ||
RO | 2.572 | 22.512 | 47.632 | 775% | ||
RR | 23 | 3.184 | 7.465 | 13743% | ||
TO | 1.184 | 7.745 | 17.856 | 554% | ||
TOTAL | 9.793 | 84.553 | 195.010 | |||
Sudeste | ES | 25.841 | 79.266 | 193.190 | 207% | 196% |
MG | 193.940 | 523.642 | 1.236.306 | 170% | ||
RJ | 166.281 | 471.098 | 1.084.346 | 183% | ||
SP | 235.165 | 765.484 | 1.607.997 | 226% | ||
TOTAL | 621.227 | 1.839.490 | 4.121.839 | |||
Sul | PR | 49.560 | 162.480 | 344.153 | 228% | 310% |
RS | 78.593 | 319.667 | 618.135 | 307% | ||
SC | 15.250 | 105.916 | 218.442 | 595% | ||
TOTAL | 143.403 | 588.063 | 1.180.730 | |||
TOTAL BRASIL | 853.181 | 2.993.962 | 6.485.631 | 251% | ||
Nota:* A variação refere-se aos meses de março a outubro de 2011 |
Bárbara Semerene
Agência Saúde
Agência Saúde
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