A rede hospitalar do Governo do Estado realizou 1,9
milhão de atendimentos no decorrer de 2011. Aos 2.217 leitos registrados pelo
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), foram acrescidos outros
152 inaugurados de janeiro do ano passado até agora, mas que ainda não foram
cadastrados pelo Ministério da Saúde. A rede de hospitais da Paraíba, formada por 31
unidades, tem atingido números importantes, que demonstram o crescimento da
cobertura. Do total dos atendimentos no ano passado, 1,2 milhão se referem a
procedimentos clínicos, enquanto 282 mil foram cirurgias, segundo o Datasus. Também
segundo o Datasus, no ano passado a rede realizou mais de 58 mil internações de
pediatria, obstetrícia, pneumologia e clínica geral, entre outras
especialidades.
Do total de leitos cadastrados no CNES, 767 são
destinados à especialidade de clínica médica, 281 à obstetrícia, 199 são
pediátricos, 506 cirúrgicos e 262 psiquiátricos. A rede hospitalar também conta
com 112 leitos de UTI.
Entre as unidades de referência estão o Hospital de
Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, o Hospital
Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande,
o Hospital Regional Manoel Abrantes, em Sousa, o Hospital Regional de
Cajazeiras e o Hospital Regional de Picuí.
A responsabilidade pelos
atendimentos de alta e média complexidade e de atenção básica é distribuída
para Estados e Municípios de acordo com o Plano de Gestão de Saúde do Governo
Federal. Conforme o plano, os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) são
repassados para os Estados, para que os mesmos invistam e promovam atendimento
para os casos de alta e média complexidade. O FNS também repassa recursos
diretamente para os municípios com gestão plena de saúde para que esses
garantam à população o atendimento na atenção básica.
Porém o responsável pelo Núcleo de
Assistência Hospitalar da SES, Valdemir Campos, informou que, apesar da
distribuição e compartilhamento das responsabilidades, muitas vezes as
demandas da atenção básica acabam sendo levadas para os hospitais da rede
estadual, como acontece com frequência no Hospital Regional de Cajazeiras.
- O
paciente quer ser atendido da melhor forma possível e sempre se dirige a
unidades em que sabe que será atendido. O problema é que a realização de um
atendimento mais simples, que poderia ter sido feito em uma UPA ou PSF, acaba
fazendo com que este paciente ocupe um leito atenderia alguém politraumatizado,
por exemplo, com uma urgência de atendimento muito maior. Como não se pode
negar atendimento, isso acaba acontecendo constantemente, ocasionando a grande
procura por hospitais de referência - disse Valdemir.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Waldson Dias de Souza, o
Governo do Estado vem investindo para resgatar a saúde pública em todos
os hospitais que estavam deixados sucateados.
- A Secretaria tem feito um mapeamento dessas unidades para conhecer a
realidade de cada uma e procurar soluções para colocá-las em
funcionamento e assim evitar que a população continue sendo penalizada.
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