O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde e em parceria
com a Semina Indústria e Comércio Ltda., vai realizar uma capacitação
para os profissionais da área da saúde sobre a prática de uso do
preservativo feminino. A iniciativa visa incentivar a experimentação e a
utilização deste insumo estratégico na prevenção das DST/AIDS/HV entre
mulheres.
O evento, que acontece na próxima terça-feira (21), no
Centro Formador de Recursos Humanos (Cefor-RH), é destinado aos técnicos
das coordenações dos Serviços de Assistência Especializa (SAEs) e dos
Centros de Testagens e Aconselhamento (CTAs) além dos profissionais dos
hospitais de referência para as DST\AIDS e Hepatites Virais e pessoas da
sociedade civil organizada.
A gerente operacional das DST\AIDS e
Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde, Ivoneide Lucena
Pereira, explicou que a proposta da capacitação foi elaborada por
módulos com o objetivo principal de abordar temas como “pré-conceitos
& valores” dos participantes, desenvolver dinâmicas participativas
de convencimento de usuárias potenciais, como também treinar técnicas de
colocação e retirada do preservativo feminino.
Entre os temas a
serem discutidos estão: Saúde Sexual e Reprodutiva, Identificação dos
Fatores de Risco, Comportamento, Negociação, Comunicação, Valores e
Aconselhamento, Avaliação de Comportamentos de Risco, Negociando “sexo
protegido”, Habilidades de Comunicação, Aconselhamento e Orientação,
Preservativo feminino de borracha nitrílica – Della, Características do
Preservativo Feminino, Mitos sobre o Preservativo Feminino e Como Usar o
Preservativo Feminino.
Ivoneide Lucena lembrou que o Governo do
Estado vem realizando uma série de ações e dando atenção especial ao
público considerado como “vulnerável”, em especial as profissionais do
sexo e as pessoas privadas de liberdade. Para estes grupos estão sendo
oferecidos testes rápidos para o diagnóstico do HIV, palestras, e
distribuição de material educativo e preservativos masculino e
feminino. Estas ações fazem parte do Plano Estadual de Enfrentamento à
Feminilização da Aids.
Ela explicou que os preservativos estão
sendo utilizados nas ações de prevenção às DST/AIDS junto às
profissionais do sexo e mulheres vivendo com o HIV. Para facilitar o
trabalho, Ivoneide Lucena explicou que foi feito um levantamento
denominado de “Mapa da Zona”, onde foi constatado que a Paraíba tem
cerca de 50 pontos que as mulheres frequentam para manter relações
sexuais. “Nesses locais, nós estamos intensificando as nossas ações de
caráter preventivo e educativo”, destacou.
O Ministério da Saúde
enviou para a Paraíba um lote de 42 mil preservativos femininos, além
de gel lubrificante que começarão a ser distribuídos na próxima semana
com as profissionais do sexo, mulheres vivendo com o HIV e outros grupos
considerados como “vulneráveis”, a exemplo das pessoas privadas de
liberdade.
Ivoneide Lucena disse também que a distribuição desses
preservativos deverá atingir ainda as Organizações Não Governamentais
(ONGs), que trabalham com a prevenção das DTS\AIDS. “Temos que ampliar o
acesso da população a esses preservativos e desmitificar o preconceito
com relação à camisinha feminina, que pode ser encontrada de forma
gratuita em todos os serviços de saúde. Vamos prevenir, pois a prevenção
ainda é o caminho”, destacou Ivoneide Lucena.
De acordo com o
Ministério da Saúde, prioritariamente as camisinhas femininas são
distribuídas a populações definidas, de acordo com critérios de
vulnerabilidade, situações de maior vulnerabilidade que incluem
profissionais do sexo e mulheres em situações de violência doméstica
e/ou sexual, pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS, usuárias de
drogas e seus parceiros. No mesmo critério estão ainda as mulheres com
DST, as de baixa renda e usuárias do serviço de atenção à saúde da
mulher que tenham dificuldade de negociar o uso do preservativo
masculino com o parceiro.
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